João Grama
ROPES
João Grama (Portugal)
Entre a vila de Sagres e Vila do Bispo situa-se uma comunidade piscatória muito especial, dedicada à apanha de percebes. Esta pequena comunidade, conhecida por ser uma das últimas com ligações a esta rara iguaria do mar, mantém-se viva há cerca de pelo menos 3 gerações, embora existam registos arqueológicos que assinalam a existência deste marisco na cultura local há já alguns séculos.
O perfil desta faixa costeira é composto maioritariamente de penhascos e falésias, nalguns casos com mais de 100 metros de altura. É um trabalho difícil e bastante arriscado, exigindo a estes marisqueiros uma enorme dose de coragem, conhecimento e a sábia utilização de cordas, uma das suas ferramentas de trabalho mais importantes. Estas cordas são utilizadas para descer e permitir o acesso ao mar, deslocarem-se entre rochas e encontrar estabilidade na perigosa zona de rebentação – habitat natural predilecto dos percebes.
As imagens expostas no Carpe Diem representam parte da minha participação no European Photography Exhibition Award, um convite da Fundação Calouste Gulbenkian e do curador Sérgio Mah.
JOÃO GRAMA (1975) estudou fotografia no Ar.Co Centro de Arte & Comunicação Visual em Lisboa. Trabalha com fotografia, video e filme. Exibe em Portugal desde 2007, tendo em 2012 exposto individualmente no Espaço Arte Tranquilidade. Nomeado para os Prémios Anteciparte em 2010, foi convidado em 2011 para participar nos European Photo Awards. O seu trabalho está representado em várias colecções privadas de arte em Portugal.
Site do artista: www.joaograma.com